Hoje foi notícia (aqui) a pretensão de um deputado federal brasileiro criminalizar a masturbação. Eu, perante tal dislate, não sei se ria ou se chore! Mas posso estar enganado, pois face ao que tem sido o passado recente deste mundo, eu ando completamente desfasado da realidade, ou seja, aquilo que eu dou como adquirido pela civilização, afinal não é assim tão consensual e hegemónico, muito pelo contrário, diz apenas respeito a uma pequena minoria.
O que me irrita a tiróide em notícias e factos deste género é haver segmentos da sociedade, normalmente associados a religiões ou com ligações a movimentos religiosos e suas intangíveis morais, que considera que pode regulamentar e ajuizar aquilo que são os costumes, hábitos e práticas dos cidadãos. O seu conservadorismo no que diz respeito aos costumes é obtuso, obsoleto e com cheiro a naftalina, uma vez que regressam sempre a este discurso moralizador do que deve e não deve ser a conduta íntima e pessoal de cada indivíduo. Era o que mais faltava que alguém, que não eu, me impedisse a masturbação. O corpo é meu e o prazer daí obtido será apenas meu, pessoal e intransmissível. Não percebo o incómodo.
Para ser intelectualmente honesto, eu até considero que o mal de muitos indivíduos (gajos e gajas), com quem me cruzo por aí, é a falta de prazer, de satisfação sexual e de libertação da sua libido, ainda que num formato "a solo". Tal como cantavam os Ena Pá 2000: Masturbação para o bem da Nação... (era mais ou menos isto).
Força nisso!
Força nisso!
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