Estamos a viver um dia de greve da função pública promovida pelos sindicatos associados à CGTP, cuja motivação é o regresso às 35 horas de horário semanal, mas na verdade esse é, quanto a mim, um dos males menores de toda a malfeitoria do governo PaF contra os trabalhadores do sector público. Tantas foram as medidas, os cortes e as taxas implementadas durante os últimos quatro anos, que me parece ridículo promoverem esta greve para exigirem o regresso imediato ao referido horário semanal (é preciso referir que o actual governo garantiu esse regresso para o mês de Julho...). Por outro lado, num momento político como o actual, parece-me muito perigoso promover esta greve, pois o governo socialista, apoiado também pelo PCP, está empenhado na apresentação do orçamento de estado de 2016 e tem à perna os condicionalismos burocráticos de Bruxelas e arredores, que a todo o custo querem combater as políticas já promovidas de inversão daquilo que foi realizado nos últimos anos. No fundo, este momento não é mais do que uma prova de vida para o partido comunista que, depois dos miseráveis resultados nas urnas, precisa de uma manifestação pública do seu poder. Estava nas mãos do PCP o cancelamento desta greve, não o fez, preferiu mantê-la, irá pagar o preço dela.
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