09 janeiro 2016

globalization and stupidification

Abriu recentemente a primeira loja na região do Porto, no El Corte Ingles de Vila Nova de Gaia, a marca americana Starbucks, que pelos vistos é a loucura para os mais jovens. Tal como seria de esperar, a jovem que temos cá em casa não se calou enquanto não foi experimentar as famosas bebidas quentes, servidas em copos plásticos ou de papel.
Foi hoje o dia em que em família lá fomos conhecer e experimentar os exóticos e fabulosos líquidos. Para além de um espaço exíguo e com poucos lugares sentados, um serviço impessoal e confuso, a pastelaria, apesar de muito colorida e apelativa, mais parecia plástica. As bebidas, tal como eu suspeitava e, agora, pude confirmar, não valem nada. O café é uma água tingida, mais parecido com uma cevada manhosa escaldante e servido num copo enorme e as restantes bebidas eram igualmente fracas e com nomes esquisitos que eu não recordo. Para além de tudo isto, foi uma visita interessante, pois as elevadas expectativas que a jovem levava, transformaram-se rapidamente em relativa desilusão.
Impressionante como qualquer porcaria que venha com o carimbo EUA e cujo prestígio assente na indústria televisiva e/ou cinematográfica, é facilmente exportável, e depois recebido e adoptado pelo resto do mundo, sem resistências ou estranhamento, num processo de globalização e de autêntica alienação, eu diria de estupidificação!


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