20 janeiro 2016

baú da memória XII

A propósito da quantidade de informação e dados que vamos armazenando nos gadgets à nossa disposição, naquilo que são contactos, notas, agendas, etc., lembrei-me do meu velhinho filofax que, à época (década de noventa), era uma das ferramentas mais bem estruturadas e úteis que podíamos ter. Com o advento das novas tecnologias e consequente desmaterialização da informação, a grande maioria das pessoas abandonou o sistema analógico dos filofax's e similares e adoptou com facilidade as novas ferramentas que essa tecnologia digital possibilitava. Eu não fiz diferente e passei a usar o telemóvel, o portátil e o Ipad como agenda, como lista de contactos e como bloco de notas, sincronizando (essa maravilhosa capacidade) toda a informação entre os diferentes aparelhos que possuo, acrescentando às informações alarmes, lembretes e recados sonoros. Apesar disto, continuo a sentir a necessidade de transportar sempre comigo um pequeno bloco de notas, onde posso assentar e escrever aquilo que, a qualquer momento, necessite. Já não uso o filofax, que sei perdido algures por aqui em casa, mas mantenho o gosto de escrever as notas, contactos e compromissos em agendas de papel.
O meu filofax, que não consegui encontrar, foi comprado naquele tempo em que a marca surgiu com grande fulgor e adesão por parte dos portugueses. Era azul e dos mais simples e baratos, mas permitia-me transportar nele quase toda a minha documentação pessoal, cheques e demais documentos.
A esta distância parecerá obsoleto e calhau, mas eu gostava mesmo de o usar.


Adenda: ao reler aquilo que acima escrevi, apercebi-me que faltou referência à questão importantíssima e ainda actual da fiabilidade e perenidade das ferramentas, ou seja, dura mais tempo a informação escrita numa folha de papel, ou aquela que desmaterializamos num qualquer disco digital? É uma questão pertinente, pois o papel já deu provas de longuíssima durabilidade, o digital ainda está para provar a sua perenidade, mas pelos exemplos que conheço, a verdade é que os suportes digitais são muito falíveis...

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