A esquizofrenia social em que as nossas sociedades, actualmente, vivem, determinou que se chegasse à normalização do radicalismo, ou como se costuma ouvir e ler por aí, ao novo normal. É verdade: um dos verbos mais servidos e reivindicados é o proibir. Paradoxalmente, é em sociedades livres e com democracias adultas e estabelecidas, que verificamos esta apetência por coagir, limitar, coactar, controlar, as liberdades mais básicas dos indivíduos, condicionando a cidadania e, depois, as próprias democracias.
As redes sociais e os órgãos de comunicação social a reboque, e pelas primeiras influenciados, são o locus por excelência de todas as proibições, manifestadas grandemente através das múltiplas e variadas indignações que povoam e colonizam esses espaços virtuais, em processos distópicos, exclusivos e disruptivos, sem aparente censura, controlo ou vigilância.
Apetece decretar: é proibido proibir!
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