07 junho 2011

dialécticas

As agora denominadas unidades curriculares, que eram no meu tempo reconhecidas como cadeiras ou disciplinas, que lecciono são fortemente constituídas por conceitos e matérias antropológicas, tanto nas aulas teóricas como nas aulas práticas (trabalho de campo), o que faz com que me sinta motivado e entusiasmado para cada uma das aulas, que me entusiasme na conversação e na apresentação dos variados assuntos. No entanto, do ponto de vista dos meus interlocutores, que da Antropologia praticamente nunca ouviram relato, o que mais querem e gostam é distância. E vê-los ali à minha frente a ouvirem-me, cada expressão facial deles é um vazio de desencontro de interesses. Percebo nas suas expressões a estranheza perante alguém que se apresenta como antropocoiso e que fala, entusiasmado, sobre assuntos que jamais eles vão querer saber ou sequer conhecer. A verdade é que me sinto bem, confortável e elogiado perante esse incomodo deles.

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