Chegados a mais um final de ano, e já lá vão várias dezenas, é tempo de balanços, reflexões e planeamentos para o novo ano que está prestes a iniciar. Este último dia de um qualquer ano era, provavelmente ainda será, dia de rituais limpezas e abluções, nas quais pessoas, animais e lugares/espaços eram purificados e libertados de todas as energias acumuladas ao longo do velho ano que terminava e se preparavam, renascidos e com novo ânimo, para receber e aceitar tudo o que o novo ano lhes reservava.
Isolado nestes últimos dias do ano no silêncio e tranquilidade da aldeia, o tempo passou-se entre leituras e jogos de Play Station. Sem internet e sem informação actual, chegamos ao final deste ano apenas com a agitação das crianças e com as tarefas domésticas obrigatórias. Claro que se pensa no futuro, claro que se reflectiu sobre o passado. O que há-de vir, não sei, não sabemos, mas há-de vir e nós, esperemos, cá estaremos. Tal como os antigos, apesar das novas ritualizações e abluções, estamos preparados para novo ano, com a simples expectativa de manter a alegria de viver. O resto lá virá.
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