13 maio 2012

instante urbano xx

Para ser justo, este instante não deveria ser urbano, mas tentemos encaixá-lo numa certa e determinada urbanidade...
Em noite de festa e num café de nome desconhecido, mas com publicidade da marca Delta, encosto-me ao balcão para tomar café. Do lado de dentro do balcão quatro moças que com destreza e sincronia vão dando resposta às inúmeras solicitações a ao aparente caos instalado. Enquanto observo os seus modos e os seus desempenhos, um outro freguês, mesmo ao meu lado, encosta-se ao balcão e chama uma das moças pelo nome e pede-lhe dois gigantes. Ela, enquanto avia outro pedido, olha de relance para ele. Eu não percebi aquele pedido e fiquei curioso para ver o que lhe iria servir. Logo a seguir, ela abre uma gaveta e saca de lá um maço de cigarros, retira dois e estende-lhos para a mão, recebendo em troca um valor em moedas que, infelizmente, não pude quantificar e que não teve troco. Quando se virou para mim, simpática, tive mesmo vontade de lhe pedir um café e um gigante, pois não tinha presente que, ainda hoje, era possível comprar tabaco assim.

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