A minha mãe nasceu no Brasil, logo tenho uma brasileira em casa.
As vezes admiro-me quando as pessoas ficam espantadas por a minha mãe ser brasileira, pois acho que na cabeça das pessoas ser brasileira é ter um rabo grande, ter curvas e dançar no sambódromo com aqueles bikinis quase inexistentes, mas não; ser brasileira é ser portuguesa, mas com uma grande dificuldade em pronunciar a letra l e tentar conter a expressão graças a deus.
Conviver 24 horas com a minha mãe é sinónimo de aprender palavras novas, como: bombril (palha de aço), leite moça (leite condensado), durex (fita cola), xerox (fotocopia), rocambole (torta), farinha de rosca (pão ralado), bandade (curitas/penso rápido)…
Também são interessantes aquelas conversas ao telemóvel que a minha mãe me obriga a ter com familiares do Brasil, que a única coisa que sei sobre eles é o nome e, para não parecer mal, tento falar o máximo português do Brasil que sei, conseguindo quase sempre sair-me bem…
Para me sentir em copa-cabana só falta mesmo as havaianas e a água-de-coco, de resto tenho tudo em casa.
(texto da minha filha para ser lido numa aula de língua portuguesa do 9º ano)
(texto da minha filha para ser lido numa aula de língua portuguesa do 9º ano)
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