30 junho 2020

à descoberta

Aproveitando a ausência das crianças, depois de um dia de fechados em casa a trabalhar, resolvemos sair de casa para jantar. Sem vontade de ir aos lugares do costume e também porque estava a dever Sardinhas à minha mais-que-tudo, decidimos ir até à beira-rio, a São Pedro da Afurada, à descoberta das ditas Sardinhas para ela e outra coisa qualquer para mim. Depois de alguma deambulação pelas ruas e ruelas da localidade piscatória, decidimos entrar na Taberna de São Pedro. Asseada e com um simpático atendimento pedimos Sardinhas e Lulas na brasa, com salada mista, pimentos e batata a murro, regadas com verde branco da casa. Uma delicia. Ainda estávamos a meio da refeição quando começamos a sentir um delicioso, perturbante e persistente cheiro de Leite Creme Queimado que estava a ser servido com uma frequência crescente e a montra, que inicialmente estava cheia, rapidamente ficou quase vazia. Foi quando interrompi a refeição, chamei a funcionária e lhe expliquei o que estava a acontecer, ou sejam o receio que a sobremesa esgotasse antes de eu ter a oportunidade de experimentar. A jovem sorriu e sossegou-me, pedindo em voz alta ao colega, que estava no balcão, para reservar uma dose.
Foi a primeira vez que fui comer à Afurada. Vou regressar, sem qualquer dúvida, à Taberna de São Pedro em breve, mas não volto a pedir o vinho verde da casa.



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